Dons e tons de uma sincera alegria.

Mesmo cansada, com aquelas olheiras de mal dormidas madrugadas, meu amor é a mais bonita moça que toda uma cidade já viu passar.

Em 377 dias, todas as horas ao teu lado foram como o primeiro andar no mesmo compasso, o primeiro beijo que não surgiu do mero acaso, o primeiro sorvete e os cinco quartos inchados - que pareciam não querer se apagar, se apegando àquela vida que era agora minha também.

Pois a verdade é que sem a sua presença, não se pode mais ser, minha pequena.

És sonho meu que me faz cantar, a minha mané que guarda o amar, olhando de frente, perdido, pro mar, sorrindo contente, renitente a aguardar - que igualzinho a este, seus dias sejam sempre a sonhar.

Naquela tarde em que abraçados nos colocamos a dançar, uma valsa estranha - mas bonita de se admirar -, só em teus olhos consegui me enxergar e somente em teu afeto consegui me encontrar.

Não era noite, era pouco mais de meio-dia, não era um baile, mas não faltava alegria, a veste não era a mais adequada, mas o sorriso já não se escondia, era uma canção que envolvia o silêncio e aquele sonhar repleto de alegria: Era o grande amor dele, como há muito tempo já não se ouvia.

Era. É. Será - enquanto tu guardares tua mão em meu peito e sentir teu coração pulsar com harmonia, com os tons e os dons da minha sincera alegria.

Lucas Sidrim
Enviado por Lucas Sidrim em 04/06/2009
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