COTIDIANO

Respiro uma manhã corriqueira sem grandes planos ou projetos de dia. Tudo corre em rotinas, vãs expectativas e incertezas de futuros que talvez jamais existam como o melhor presente possível de mim mesmo.

Apenas me perderei daqui a pouco na paisagem urbana cumprindo ritos banais de existência indiferente a mim mesmo e diluído entre os outros.

Ao fim do dia voltarei ao ponto de partida, mergulharei no privado da existência comum sem perceber em minha face o consolo de um rosto. Surpreenderei em mim apenas minha auto imagem de fantasia a dizer o ínfimo ponto de oceano humano que involuntariamente sou.