MEMÓRIAS DE UM PLEBEU

De suas origens humildes, que mais poderia ter como herança, a não ser valores que foram passados ao calor de um fogão à lenha. No aconchego do colo de sua mãe, ouvia estórias, contos e, o mais importante: transmissão de conhecimentos que dariam forma ao seu caráter.

Ouvira que a pobreza, a pior de todas as mazelas da humanidade, é a raiz de todas as desigualdades.

A morte é a única subtração capaz de igualar ricos e pobres, ao menos no fato de que todos irão receber terra sobre suas cabeças , e seus corpos perecerão sob a intensa atividade de vermes.

Aprendera que o choro não é subterfúgio dos derrotados, contudo, um recurso para que alma não contraia enfermidades, somatizando.

A solidão não é um fato, porém, um estado, tornando-a realidade mesmo em meio à multidão.

O Comodismo nem sempre soa como sinônimo de inércia, muitos caem neste precipício por falta de mola propulsora, mão amiga.

O respeito ao próximo, não quer dizer conivência.Trata-se de consideração aos diferentes pontos de vista.

A cor não desqualifica intelectualmente ninguém, constitui-se num invólucro que evidencia a diversificação. Sem sua variação, reinaria a monotonia.

Ligeiro memorando, possibilita o jovem plebeu chegar a um consenso: por mais que se negue, todo ser humano não passa de um projeto em execução, portanto, inacabado.

Muito há de se fazer, aperfeiçoar, investir. A proposta é que, ao final, sejamos projetos insignes.

Alessandra Borges
Enviado por Alessandra Borges em 28/05/2009
Código do texto: T1619992
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