Entre as reticências
Calma! Disseram meus olhos a meu coração quando leu teu e-mail... Meu corpo crepitou de desejos e acendido caminhou na estrada durante todo o dia... Um beijo das flores veio dizer que os lábios meus pediam os teus... Um rumor de borboletas sussurrando teu nome a meus ouvidos iludiram-me que tu me querias e sonhei...
Quis tecer versos na manhã... Minha timidez foi mais forte... Meus dedos até desenharam em minha alma teu rosto... Cada palavra minha pareceu-me ridícula e não as escrevi...
Ah, como posso te falar se minha boca não diz o que quer realmente? E por que minha mão não escreve? É escrava de minha timidez?
Só tenho os sonhos a vagar entre reticências e são ousados...
Em sonhos não nego que toco meu corpo na hora do banho... Afirmo, sim, de meus anseios por tuas mãos em mim... A contornar meus lábios... A desfazer-me os cabelos... Acariciando-me os tornozelos...
Envolvo-me numa toalha... O perfume de minha pele embriaga os lençóis... E nessa viagem vejo-me ao espelho na noite que te chamaT... Já em agonia na minha cama...
Talvez sejam meus olhos o culpado de tamanho desejo... Eles deixaram soturnamente meu coração (Que te ama tanto) ler teu e-mail e viajar na imaginação... das reticências...