Livro fechado
É isso e não passa daí. És um livro fechado e jamais me arriscarei a abrir. Tenho de te guardar, pousar-te na estante com amor, próximo a todos os outros livros.
Tenho de verter as lágrimas que faltam e aprender a deter o coração. Concordar. Conformar-me. Acreditar no universo.
O tempo passará e posteriormente… nada. Posteriormente terei de principiar uma nova história e a caneta agora silenciosa aprenderá novamente a escrever poemas de amor.
Não me arrependo sequer consentirei arrepender-me… foste um sonho perfeito e… apenas tenho de te ver assim, saborear a tua memória por mais um instante e posteriormente levantar-me, esquecer o sono e iniciar um novo amanhecer.
Não devia falar mais nada. Não devia ao menos falar. Mas o silêncio é pior que os vocábulos e eu ainda não achei o caminho.
O universo fadiga-me. Eu aborreço-me. Mas tenho de respirar fundo e… continuar.