QUESTIONAMENTOS DE UM PEREGRINO

QUESTIONAMENTOS DE UM PEREGRINO

Absorto em suas vagueações , um peregrino intrigado sai a procurar a razão de sua existência. Envolto em filosofias do ser, ter, poder.

Busca valores que não tem bem definidos em seu caráter. Bombardeado por dogmas, cuja importância desconhece completamente.

Seria ele uma obra do acaso? Resultado de uma explosão? Integrante de um processo evolucionista? Ou fruto de um relacionamento de seres inconscientes e inconseqüentes?

Tantos quantos são os giros da terra, aumentam as probabilidades de suas origens e funções.

Concomitantemente, surgem deduções que esclarecem esta pobre mente.Seu cérebro é dotado de capacidade divina. Ele pensa, organiza, ordena e estabelece critérios para formulação e resolução dos seus problemas .

SER – Quem sou ? Sou único, exclusivo, sem possibilidades de réplicas.Insubstituível e importante ao sistema do qual faço parte.Não sou infalível, nem imortal enquanto estiver neste recipiente perecível , de barro.

TER – O que tenho ? Tenho livre arbítrio. Grande capacidade de escolher caminhos com a responsabilidade pessoal de quaisquer conseqüências advindas de minhas decisões. Não tenho programação de máquina, porém limitações e sentimentos, portanto, vulnerável a mutações e variações.

PODER – O que posso ? Posso tudo que seja lícito, não apenas o que convém. Tenho grande poder de persuasão e devo usá-lo a favor do bem. Por meio dela, exerço influência sobre outras pessoas, podendo convencer-me e convencê-las de que somos seres que necessitam de viver em sociedade. Respeitando e conscientizando-as de nossos erros ,impossibilidades, incapacidades, carências .Somos dependentes uns dos outros e completamo-nos mutuamente.

Nesta filosofia de vida à qual me rendi, basta uma pergunta :

‘’Ser ou não ser ; eis a questão?’’

Este texto é para reflexão.

Alessandra Borges
Enviado por Alessandra Borges em 27/05/2009
Código do texto: T1617527
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