No entanto...

Apenas o leito do rio

mergulha em silêncio.

Seus braços, inquietos,

seguem livres.

Rasgam matas,

viram cascatas,

fundem-se ao mar.

E tornam-se lendas.

E o rio se mantém em silêncio.

Suas águas não lhe pertencem

apenas lavam seu lamento.

Solidárias, não fazem ondas,

não transportam folhas,

não cantarolam ao vento.

É como a vida

que pulsa porque viva,

no entanto, silenciosa,

no lado esquerdo do peito.