Vulgar no Clássico
É ridículo pensar que o que temos em sua vida é verossimilhança de "Romeu e Julieta".
Há de se levar em conta que, na história, quem toma a droga é a moça...
E quem morreria por quem nesta chanchada que ambos nos mostram?
Diante do ensaio patético que ilustra os sábados da província central, os aldeãos se perguntam até que ponto persistirá as banalidades formais de sua debilitada filosofia.
Existiria heroísmo em persistir em idéias obtusas de autodestruição moral?
Seria válido persistir no protagonismo de um show circense desse naipe?
Não seria vergonhosa essa birra de chamar amor o que é vã antítese de idéias contra seus pais?
É, Julieta, de amor se pode morrer.
Com simples desejo, não.
Pode-se morrer de desejo, e não por ele.
E, no final das contas, pobre anjo, quem amava Julieta era aquele que escrevera a história.
Um poeta...