AVALANCHE

Como se avalanche de lama, transitam sobre asfaltos um aglomerado de gente urgente! A competição sôfrega e diária pelo direito de ter e estar os devora com fome ferina!

Relegados à condição de crachás, reduzem seus atos e fatos

a relógios, carteiras de trabalho, laptops, celulares, agendas,

calculadoras e aparências! Embalados no transitar do tempo,

integram-se aos poluentes das ruas, ao aço das celas dos presídios,

aos esgotos das favelas imundas, às bactérias invisíveis e nocivas

que sobrevoam hospitais!

E as esperanças de cura para a letal doença dos dias urbanos se esvaem pelos ralos das casas...

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 26/05/2009
Reeditado em 06/09/2010
Código do texto: T1615136
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