Está doente

Para fazer poesia não incide inspiração

É a dor, o sofrer, a solidão;

O está sozinho em um mundo

Confuso, onde não há terra e pão,

Nem espaço, para que não vive em vão.

Poemas como sangue, necessário à vida

Poemas como ar, para quem não respira.

Enquanto o mundo procura um rumo

Um poeta faz caminhos para trilhar.

Com medo de se perder,

Tenta deixar grãos pela estrada.

O ideal seria uma corda de ouro

Uma Ariadne, um tesouro,

Que custa tão caro ao coração.

Está doente, é esta a opção

Para quem poeta permanece.

É suma paixão pela poesia.

Evan do Carmo 24/05/2009

Evan do Carmo
Enviado por Evan do Carmo em 24/05/2009
Reeditado em 24/05/2009
Código do texto: T1612948