_________________Cetim.
É imenso o dia quando me invade a tua falta
Entrego-me ao recordar acetinado do teu desejo
Em mim teus silêncios arranham e dilaceram-me sem pretexto.
Percorro o caminho do silêncio que me impuseste
Acordo qualquer réstia de luz que adormeceu em mim
E persisto inventando-te na minha solidão...essa, sem fim.
O silêncio denuncia as cores da distância percorrida
Grita as marcas do nosso amor... em neon ofuscadas
Deixadas pelo ardor das tuas pegadas, em mim delineadas.
Letárgica... finjo-me calada, consumida entre as palavras
Entre os idiomas que usaste para dizer que me amava.
E o corpo desabitado esconde-se no teu silêncio
É nulo , inverossímil, covarde e inútil esse intento
Pois no acorde que me deste ainda vivo
E nos sonhos que me enviaste ainda prossigo.
E diviso na paisagem profana do meu corpo colado ao teu
Na linguagem vermelha dos lábios...um beijo furioso
O silêncio evapora-se e nosso Amor... eterno, faz-se ruidoso.
KARINNA__.