Rimbaud
Sou um poeta, menino precoce,
O gênio que Vinicius enalteceu
Um prodígio, um homem novo
Que a poesia envelheceu.
Sou um amante arrebatado
Por um amor bandido... Sou herói
De uma odisséia esquecida
Um guerreiro ferido... Não tive
Régia estirpe... Nasci do abismo
Da pobreza... Sou Rei
Nos sonhos da minha realeza.
Amei a morte em sua despedida
Busquei sarar minha coxa ferida,
Mas, a estrada já era finda.
Morri sem fama, porque não
Poderia suportá-la ainda em vida.
Evan do Carmo. 23/05/2009