A paria dos mortos.

Sobre meus olhos fechados

Estão o vento e as almas sedentas

Dos pescadores que não foram

Aceitos no barco da morte.

Outros barcos vagam sem almas,

Sem peixes... Homens perdidos,

Portos falidos... não há mais compre

Nem turistas para alugar passeio

Pela encosta... Apenas uma enxurrada

De andarilhos, que batem de porta em porta,

Bêbados cambaleiam, arrastados por álcool

E lascividade passiva... A paria dos mortos.

Evan do Carmo
Enviado por Evan do Carmo em 23/05/2009
Reeditado em 24/05/2009
Código do texto: T1609986