A paria dos mortos.
Sobre meus olhos fechados
Estão o vento e as almas sedentas
Dos pescadores que não foram
Aceitos no barco da morte.
Outros barcos vagam sem almas,
Sem peixes... Homens perdidos,
Portos falidos... não há mais compre
Nem turistas para alugar passeio
Pela encosta... Apenas uma enxurrada
De andarilhos, que batem de porta em porta,
Bêbados cambaleiam, arrastados por álcool
E lascividade passiva... A paria dos mortos.