RABISCOS DE UMA ALMA PENADA
Se algum dia alguém houvesse me contado que o amor em
demassia era obsessão, estas emoções seriam desfeitas.
Viveria em plenitude e a dor não seria minha morada.
O que é tempo quando se atravessa a eternidade sem
se encontrar.
Alma aflita, perdida num mundo vago.
Divagando por erros motivados pelo egoismo.
Sem abrigo, habitando becos escuros, se refugiando da
luz em busca do perdão.
Tarda os dias a se findar, tarda triste sina a se cumprir.
As mesmas feridas persistem, sangram e doem como no
instante em que foram provocadas.
O corpo maltratado enverga cansado do seu fim insólito.
Não ha como retrosceder nas escolhas, padecer, opção
dos covardes que fogem sem se ausentar de suas escolhas
equivocadas.
A dor existente transpassa a alma, vibra na mente tolos atos.
E fico a vagar tal como alma penada que não soube aceitar
os designos do destino.
O amor urgente do querer incontestável fora ilusão de um
ser atormentado que não soube amar em sua essência.
CamomillaHassan