LUZ
A leste, levantava-se um lua quaze cheia.
Que se tinha tornado azulada com o sól acabado de pôr.
As maçãs de prata da lua, as maçãs de ouro do sol.
Realismo, sensualidade, beleza, magia.
Apelam às minhas raízes da alma.
Sentia-me como o vento, meu espírito deslizava com ele.
E o pó da estrada, erguendo-se por detrás de mim.
Eu olhei-o com olhos que tinham visto.
Os espaços inexplorados do céu e sua música distante.
E as palavras do poema vieram-me à cabeça.
Levantára-se uma cor encarniçada, o céu iluminava-se.
E eu, perseguia a luz.
E os últimos raios de sol incidiam.
Uma vez mais, nas zonas voltadas a oeste.
Noutra dimensão das coisas, paralelas a mim.