Não sou mais
Porque sou uma mulher!
E como um sismo, arrebatei as adormecidas ilusões.
Queime o seu parágrafo, deixe-me entrar,
porque sou uma mulher.
Deite a sua fantasia em baú esquecido,
envergue o roupão da sua solidão,
não se interponha entre a porta e meu sonho...
Porque sou uma mulher.
E se ao se expôr em lentes vazias,
ao nada se vir, ao vasto delirar a sua melancolia,
se afasta depressa e esconde,
finja soberbo que não me vê...
justifique a sua dislexia,
oculte e reverencie, abre os olhos e respire...
Sinta medo, foge a heresia...
Ou outro dislate qualquer...
Porque fui...não sou mais a sua mulher.
Bjo.
Anjo.