A CANÇÃO DA VIDA
SOBRE “A CANÇÃO DA VIDA”
(de Mário Quintana)
(Eu, falando sozinho no ônibus)
Quintana, Quintana
Que da lápide ou túmulo me escuta
Tu és mesmo filho do elfo luminoso da selva de pedra
O ser que rege o décimo terceiro signo do zodíaco
O astro dos gênios e dos poetas.
Só mesmo um elfiano, nascido das luzes
Para rimar Renoir com poluir
E eu, esse grosso, rude e bronco literário
Filho da picareta das minas
Para procurar razão no dicionário.