ABRIGO FINAL
Perde o mundo as suas palavras...
Perde-se no mundo com palavras.
Uma ação mais contundente
Se não fosse indecente
Deixar migalhas pelo chão
Esperar crescer o impossível
Embora um olhar sem medo
Ou um abraço de amparo
Tenham mais migalhas
Que a fome morta de um dia.
Os homens pelejam a vaidade
Terras nomeadas e vazias
Rios secos e leito úmido de lágrimas
Enquanto as lápides
Reluzem no mármore de carrara.
Das orações no berro
Um pensamento distante
A música toca o ronco do estomago
E as mãos calejadas se unem ao peito
Não há horizonte no olhar
Nem calor nos pés
Somente as flores que secam o templo
Um corpo cuja pretensão
Perdeu para a terra que foi seu abrigo final.
Perde o mundo as suas palavras...
Perde-se no mundo com palavras.
Uma ação mais contundente
Se não fosse indecente
Deixar migalhas pelo chão
Esperar crescer o impossível
Embora um olhar sem medo
Ou um abraço de amparo
Tenham mais migalhas
Que a fome morta de um dia.
Os homens pelejam a vaidade
Terras nomeadas e vazias
Rios secos e leito úmido de lágrimas
Enquanto as lápides
Reluzem no mármore de carrara.
Das orações no berro
Um pensamento distante
A música toca o ronco do estomago
E as mãos calejadas se unem ao peito
Não há horizonte no olhar
Nem calor nos pés
Somente as flores que secam o templo
Um corpo cuja pretensão
Perdeu para a terra que foi seu abrigo final.