COISAS DA TUA PRESENÇA
Teu rastro, vento que sei, ai, suam-me as mãos, os pés, uma taquicardia se faz em som divino, a corrente sanguínea deita notas musicais, fazendo a derme se eriçar; é frio, um calor em tom bem misto, é um sorriso que teima aberto, os olhos em faíscas brilhantes..
O que fazer, quando teu perfume vara o ar e tudo em mim é um enorme verso que se repete, repete, repete e embriaga?
Esse mal bem bem, essa desorientação que dita o norte, essa vida que se extende qual uma enorme folha em branco e a ponta dos meus dedos derrama tinta criando prosa, teimando poema!
Ah, a tua presença, essa semeadora em mim de lirismo, esse derrame de impulsividade, esse sentimentalismo à flor da pele...
Já de longe me trazes o melhor: a inspiração que deita frouxa sobre a imaginação e permite no tempo, que tudo aconteça.