ESTOU SÓ...
E da vida faço impiedoso tormento...
Sem possuir asas...
Quedo-me sob a força o vento
Não existem sonhos no coração!
Longe do mundo retorno à prisão...
Caminho imperceptível feito indigente...
Sou do meu eu tão ausente...
Debato-me em meio à fria escuridão!
Nas minhas lágrimas inexiste afetação.
Insisto na presença dum querer vazio...
Tudo aos poucos se destrói... sinto arrepio!
Enlouqueço possuída na mais funda solidão!
E na amarga celebração...
Transformo-me em espectro
Dum lento escoar
Desses outonais tristes dias!