Palhaço
Sandra M. Julio
A vida se apresenta como uma peça de teatro, sem direito a ensaios como já disse alguém...
Quantas vezes em nossa vida, temos um sorriso nos lábios e uma lágrima em nosso coração, em outros momentos isso se inverte, nosso rosto se mostra triste e nosso coração canta e sorri.
A vida impõe ações e reações pré estabelecidas às pessoas. Não dando o direito à liberdade de expressão, porém ela pode dominar o exterior (rosto), porque o interior, nossa alma, nosso coração... aí as normas não têm acesso, é o nosso Eu maior, nossos reais sentimentos, aqueles que errado ou certo, só a nós pertencem.
Palhaços? Quem sabe?
Palhaço..., ser simples meigo, de uma sensibilidade ímpar, que consegue chegar a alma mais pura, que é a alma de uma criança. Um ser que julgo quase angelical pela sua sabedoria anímica, pela sua sensitividade .
Aquele que ao se despir de sua fantasia, nem sabe ao certo quem é, e depois de um pouco pensar, chega a conclusão que é apenas...Alguém.
A vida nos ensina a representar para o mundo, nos moldes que ela impõe. Daí a necessidade dessa dualidade em muitos momentos.
Que as luzes do picadeiro de nossas vidas sejam brilhantes e coloridas, para que possamos ter e oferecer alegria, bondade, amor, carinho, dignidade, aos que cruzam nossos caminhos.
Que possamos ter a sensibilidade desses anjos palhaços que sabem distribuir amor e alegria nessa vida de tanto desamor.
Que esse Alguém seja eterno na alma de cada ser humano.
Minha homenagem a esses seres iluminados que sabem dar alegria, que entendem o que é viver...
Sandra
26/09/05