Prosa Carregada de Segredo
Prosa, amiga vulgar.
Carregada de mesmices
Bem na alça do calcanhar.
Segredos, rabugices, despautérios.
Imatura irmã dos tempos.
Prosa de silêncio
Calejado em linha torpe
E entorpecida,
Destorcida, espremida...
Prosa tímida
Intimidada entre os seios das mãos;
Ressequida pela fome das letras,
Instilando o veneno no papel,
Parafraseando meus dissabores,
Acalentando meu desacato,
Meu borrão e minha história
Que nunca será nossa,
Nem minha e nem tua.
Beijo ao sabor da lua
Pra dar a luta por vencida
E dar à prosa minha vida.