Eu Sei*
Tu dizes cousas para mim, e eu acredito
porque eu te amo.
As palavras vêem até mim como num filtro, e eu sei onde andou o teu olhar...
Teus pés me dizem por onde andaste, e meu coração disparou de noite... então eu soube.
Soube que o teu olho andou buscando um verde , e não o meu castanho... chorei... e a chuva da serra misturou-se com a minha salgada lágrima límpida... Acordei do sonho tenebroso na minha cama pequena e fria, onde não encontro teu cheiro nem o teu hálito de bom dia.
Um horário ridículo, e eu nem pude pousar meu rosto na fronha, enquanto os pensamentos eram despertados aos chutes na borda de um capuccino frio e muito doce.
A angústia de sentir que estavas partindo, para longe, mais longe do que falaste, onde o gelo consegue fazer tremer meu miocárdio, e enquanto uma senhora me presenteia com uma peça de tricô... quase enfarto, e sei que naquele momento tu estavas fora de área mesmo.
A inveja dos enamorados que passavam por mim, as mãos enlaçadas, os olhos cerrados na aproximação, e eu com uma bruxinha roxa na mão.
Indo para meu lar, onde aqueles que me amam incondicionalmente aguardam ansiosos por notícias nossas, recebem meus olhos vermelhos e marejados, como se o prelúdio nunca seja anunciado.
A minha cama, eu desconheço. As almofadas mofadas e frias, o espaço pequeno e sem cheiro teu... sem braços ternos e tenros a me envolver...nostalgia, e o teu perfume na minha pele arrepiada...nem tomei banho só para te ter comigo um pouco mais...
Amor, eu te amo. E a distância está me matando.
Socorro, me salva!!!