Vergonha? Pobre Eu!

O eu não sabe mais pra onde olhar...

Por qual caminho percorrer...

Triste e desolado ele olha pra si, no mais profundo de si mesmo e enxerga duas faces:

Sua esplendida face e sua tenebrosa face;

Seu talento, seu amor, seu carisma se afogaram na face perdedora do eu.

Seu rancor sua ingratidão e seu orgulho fumegavam e queimavam a outra face.

O eu se vê frente a frente aos espelhos de si mesmo em seu palácio que construirá com seu ódio e sente vergonha.

Mas a vergonha, o que refletirá sobre ele?

Os espelhos se partem em pedaços, o coração do eu sangra...

Gotas e gotas no chão, ele morre em sua própria ilusão, envergonhado e sozinho, envenenado de si.

Como foi pobre eu!

Gau Berg
Enviado por Gau Berg em 08/05/2009
Reeditado em 03/07/2009
Código do texto: T1583020
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