Vergonha? Pobre Eu!
O eu não sabe mais pra onde olhar...
Por qual caminho percorrer...
Triste e desolado ele olha pra si, no mais profundo de si mesmo e enxerga duas faces:
Sua esplendida face e sua tenebrosa face;
Seu talento, seu amor, seu carisma se afogaram na face perdedora do eu.
Seu rancor sua ingratidão e seu orgulho fumegavam e queimavam a outra face.
O eu se vê frente a frente aos espelhos de si mesmo em seu palácio que construirá com seu ódio e sente vergonha.
Mas a vergonha, o que refletirá sobre ele?
Os espelhos se partem em pedaços, o coração do eu sangra...
Gotas e gotas no chão, ele morre em sua própria ilusão, envergonhado e sozinho, envenenado de si.
Como foi pobre eu!