Lamento

A consciência pesa o semblante

Na difícil tarefa de amar

Quando apenas se quer agradar quem se gosta

Mas só consegue ser arrogante

Como vai ser amanhã?

Se hoje o peito pula por mágoar

Proferindo palavras que não acredita

Lamento a rosa que quis te oferecer

Você só recebeu os espinhos

Água de torneira não volta

As palavras também não

Acho que meus padrões são altos demais

E as pessoas erram, erram muito

Careço do seu olhar meigo

Seu sorriso cativante

Suas mãos trêmulas

Sou todo desejo de você

Sinto-me ferido

Ferido por mim mesmo

"Quem ama, as vezes ama sem querer"(cazuza)

A quem....certo ou errado

Só me resta a necessidade de desabafar

Essa pobreza de palavras que você não pode ler

Ah se você conseguisse ler meus olhos

Mas agora existe uma muralha de gelo entre nós

Esse olhar perdido, deprimido

A indiferença

Desse sentimento utópico

No silêncio perverso

De olhares sem palavras

Eu, estúpido de querer silenciar

Esse sentimento que se manifesta tão na cara

Mas quem sou eu?

Esse ser tão abomínavel

Que nem amando consegue ser agradável

Só queria você perto de mim

Sentir seu perfume

Mas só consegui te mandar para longe

O amor passou despercebido

E agora só me resta lamentar pela flor

Que você só recebeu os espinhos.

Fabricio Herzog
Enviado por Fabricio Herzog em 07/05/2009
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