Trago no peito
Trago no peito, a certeza de um amor contido,
E vivo, como quem vela a noite, sofrêgo, esperando
Que com o raiar do dia me venha o descanso.
Esquecer-te(juro), ainda me é o maior desejo.
Trago no peito, a certeza de um sonho findado
E ainda fico, a colher resquícios, os cacos,
Desejando ao peito, apenas um mosaico,
Sem que me doa a alma, sem que haja sofrer.
Trago no peito, uma nódoa chamada passado,
Que não me permite o ar, nem sequer um instante,
A alma fica, a volver desgosto, desventura amante,
Até o dia em que ei de viver sem lembrar-te tanto.