QUE TIPO DE MÃE EU SOU
Trabalhei e sonhei uma vida inteira para ser mãe, como Maria. Sempre liguei mãe a Maria como palavras sinônimas. Tive quatro filhos e sei que nunca fui essa mãe despojada, simples. Mas, afirmo que o sentimento mais forte, capaz de arrastar a atos de heroísmo, é o sentimento materno. Uma das coisas que me leva a ter pena de uma mulher é a incapacidade de gerar um filho. Nada, mas nada mesmo, se compara a grande descoberta de um ser vivo - fruto do amor de duas pessoas - a mexer no mais profundo do ser; acompanhar sua caminhada, os pontapés e o “sonhar de como será sua carinha”. Depois, o ato de amamentar, as dentadinhas no seio com os primeiros dentes... e seu rosto safado, olhando a reação... Esses momentos são inesquecíveis. Confesso que em mim o sentimento materno é o maior de todos. Amor de mãe é pura gratuidade. É o verdadeiro amor; não exige troca, nem recompensa. Amor de mãe é só amar, amar, amar. Nisto, apenas nisto, está a suprema felicidade. Ser mãe é doce como o mel, mas às vezes, amarga como fel.