A casa...
 
Um dia, pelas frestas do que eu me lembro... Sai dos mantos que lhe cobriam a face...
Festejou as águas... Foi cascata...
Um desaguar de coisas tantas... Festas e voltas...
Sentimento alado... Escorregadia é a dor que mata...
A casa... Devo falar... Porque o título perde-se em falhas de um texto elaborado...
Métrica?... Posso respirar em metros e metros de palavras soltas...
Sem eixo... Sem nexo... O peito convexo...
Mas, as paredes lisas de uma frase... Uma frase que rompe com os propósitos...
Não há nada mais falho do que a tentativa de acertar... Tudo é um jogo... Mobílias de cacarecos...
Pois, então, as janelas e portas abertas... Ou melhor... As aberturas em crostas marcadas... Formam o côncavo da casa...
Em seguro plano... Alicerce e cantos...
O pranto... Vento que atormentado circula pelas arestas... Pelas frestas...
Mergulha pelos buracos de todos os tamanhos... Na sede avessa do cruzar dos dedos...
A casa...



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