Sem fragmentar o silêncio

Fatigada. Estendo-me na cama… Imagino o silêncio sempre me soube dispor para ele. Pelo meio fantasio continuamente como se deixa de ser silêncio e sorrio.

Hoje conduzia ansiosamente o pavor. Tremia quieta, fechada… tratava de buscar que o calor e o (des)conforto me adormecessem fizessem pegar no sono com pressa.

Fragmenta-se o silêncio. Não o meu. Causa dor. Ressente-se profundo o meu silêncio. Vou estourar. O coração bate sem intervalos regulares e a grande distância. Experimento-o desesperançado em todo corpo. Faz ruído no coração.... o travesseiro escuta. Procura encerrar em si toda a falta de alegria sem fragmentar o silêncio. Arrisca-se a prender todas as lágrimas. Segura-as, reflete-as… escreve-as e perde a primeira. Sofre uma perda. Bombeia todas as demais para todas as artérias. Ergo-me. Lanço vocábulos.

Cansada. Deito-me.

Tatiane Gorska
Enviado por Tatiane Gorska em 02/05/2009
Código do texto: T1571064
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