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_____das Afinidades.
Percebo-me quando busco teu olhar e me encontro
Na multidão, como seres afins aquecemo-nos um ao outro.
Respeito-te...porque me respeito. Cresço...porque cresces ao meu lado.
Compartilhamos os sons e as cores das palavras
Por vezes, cúmplices das pronúncias ditas no silêncio
Escuto-te, e a mim, no eco do que não dizemos.
A compreensão define-se na afetividade
No entender-se na distinção, onde nem sempre há igualdade.
Onde me ausento de ti por instantes
Para ser somente Eu, por no mínimo uma hora, daqui em diante.
E na dualidade da coexistência
Abraço-te no teu mundo
E dou-te o meu por alguns segundos.
Teu exílio por vezes me é propício,
Necessito-me também da contemplação própria do meu espírito.
E retornamos nas diferenças que nos unem quase como iguais
Desafinados, por vezes, afinamos nossos doces rituais.
No entanto os “desbeijos” e os “desabraços” são inevitáveis...
Mas a ternura no olhar em meio a “brabeza” os torna superáveis.
E há os incêndios que provocamos em nossos céus
Onde um sorriso atiça um vermelho fogaréu.
Amo-te... porque me amo.
E nas entregas um do outro, planos delineamos
Mesmo que necessárias ausências são apenas momentâneos desconfortos
Os passos não são sempre acompanhados um pelo outro.
Mesmo assim...prosseguimos juntos, numa afinada im(perfeita) união
Em afinidades utópicas e possíveis
Em travessias lado a lado
Em carinhosas ofertas...em sagradas doações.
Karinna*
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Karinna
Enviado por Karinna em 28/04/2009
Código do texto: T1564446