O Rap da Criação
Deus tava sentado num banquinho a beira mar
Sozinho se sentiu, não tinha graça e foi pescar
Arrumou muita minhoca e um colete para nadar
Cerveja para refrescar, ééé, cerveja para refrescar
Ficou olhando o horizonte e sentiu: que coisa linda eu criei!
Mas falta alguma coisa não foi só isso que eu busquei.
Busquei a beleza da terra e do mar que eu iluminei
Com o sol na minha cara, o mundo eu inventei.
O mar não dava peixe e uma viola Deus tocou
Tocou muita modinha daquelas que tanto amou
Chorou amargamente pois perdeu o que não achou
Tirou o sol do rosto e sentiu o que a chuva proporcionou
Proporcionou a tristeza malvada, uma saudade sem fim
Daquelas que ninguém entende, nem Deus explicou para mim
Cessou a chuva com um golpe de braço assim
E o dia se fez noite, com a lua cheia a areia era marfim
Resolveu criar o homem e junto dele a inteligência
Pra quando chegasse o dia em que tivesse a diligência
De fazer o bem sem olhar a quem e evoluir na sua ciência
Tinha planos tão perfeitos, não cuidou que o tempo traz deficiência
Deus tava sentado num banquinho a beira mar
Arrependido se sentiu de criar o homem e foi nadar
Nadou para bem longe sem ter pressa de chegar
Cerveja pra refrescar.