Vazio no universo
O universo fica vazio pouco a pouco… Assemelha-se a uma bexiga que sem furo e sem ruído perde ar.
Todos vão embora… com distâncias divergentes, mas vão… e deixam pedaços.
Parte quem vai crescer a grande distância. Partes tu, com quem não estava muitas vezes, mas já sinto saudade. É diferente. Sorríamos em todo o tempo. Às vezes sem alegria, com a vida adversa, mas sorríamos. Existiam continuamente coisas novas… e questionamentos (reconheço). Jamais te falei… mas admiro-me com o modo como te entregas… como fazes de segredos partilhas belas. Não sei porque começou assim tão intenso, mas sabe bem o nosso amor.
E tu… a quem não achei mentira quando te conheci. Jeito de menino que me fazia sorrir. Foi deste modo somente até te ver triste… até ao primeiro abraço. Quem mais se vai pôr a escrever-me textos de Tolstói? Quem me vai proporcionar aqueles beijos todos… que eram teus? Quem vai me preparar “bisteca” só para me agradar? Mandavas-me mensagens ao telefone… E agora? O que importa? Nada. Nunca foi necessário dizer muito… Agora parece que ficou tanto por dizer.
Esta distância… este vazio… é uma escolha tua. Mas fico feliz por ter te conhecido e sonho contigo.
E parte quem amo… Quem sem vocábulos pede distância… Quem necessita de um universo que não constata nas minhas mãos.