sobre Violette Dumar...
sinto falta. e novamente as lembranças vêm... eu ainda não conhecia o mar, não sabia os segredos das ostras. os olhos como pérolas brilhantes em descobertas...havia algo de mágico naqueles dias. eu, tenra e terna... brincava na areia onde minha sombra projetava castelos. lembro que corria para a vastidão marítima em ária, sons que eu sentia vibrar em todo o meu ser... os pés em asas delicadas me projetavam para o profundo do vento. eu conhecia a linguagem líquida das calmarias e também das tormentas, dos seres aquáticos, meus amigos nas profundas aventuras entre os corais. nesta época eu lia para os golfinhos, mitos sobre sereias e tritões. sentada sobre uma pedra a beira mar, eu era a única sereia que eles conheciam...assim construi meu reinado.