ESCAPE VALVULAR
Que dantes só mesmo a fórmula egométrica de se tocar
No perpétuo assunto do meu mundo
Pedantes os sempre evasivos locupletamentos do devaneio
Auricular profundo
Desatalho, pois, esta confusão difusa pelo escape valvular
E a preordeno todo dia antes que me domine
Sobremaneira nos fundamentos
O quê concentrará os indicadores do possível?
No intuito de entender o vácuo malentendido
Devo saber o quê ou não se sente ou não se diz
Dá-se muito quando verbos na mente
Numa desavença arrasadora se contrapõem
Em conclusões levantadas antes e depois
Antes de mais nada e depois inconseqüentes
Ah! Se pudéssemos ler pensamentos
Ouvir no adentro a fala alheia desejada
E não jogar mais nenhuma conversa fora
Veja, se o interior residente teu quisesse
Supondo merecer ao mesmo tempo
Em que afastasse e pensasse não dever-ser
No poder-ser do querer, e vê só se pode
Tu serias como eu, que conjectura per te
E nunca se dá por vencido, insistindo na dialética?
É a não compreensão do nada que emerge do nada
Nadando sofregamente atrás do tudo
E morrendo na praia da agonia demasiada
Dentre os escombros cansados do reutilizamento
Entendes por que dantes e outrora mente
Os sempre evasivos pedantes locupletamentos
Insistem em escapar pelo auricular profundo?
Pois é este o perpétuo assunto do meu mundo