Desabafo de um homem
Sei agora o quanto é triste ser um humano, morrer e ser comido pelos vermes, a dor saudade, a lembrança. Na escrivaninha escrevo para esquecer, que um dia lembrei de você, escrevo como desabafo de dor, de saber que isso um dia aguarda para todos aqueles perto de mim, que dor é saber que disso, o que vou dizer ou fazer as pazes com alguém quem já partiu, nunca vou poder dizer a ela que nunca a odiei, foi apenas a tola imaturidade de jovem humilhado, sei que mim persegue os pecados do homem, a vontade de vingança, que me cegou, choro lagrimas em cima de lagrimas por nunca tê-la visto ou conhecido o seu lado bom que não tive o privilegio de conhecer, choro para desabafar a mim mesmo que não sou nada perante deus, eu escrevo para desabafar a vida que a verdade é um espinho que entra e encrava em nossa pele sem que nenhum tipo de ilusão aconteça, nos levando a mais pura realidade que nos cerca a cada momento, será de mim entender tão complicada maquina que falha, que tem erros, e não tem devoluções, assistência técnica ou ao menos um manual, agora penso o quanto foi tolo e ingênuo em pensar que se outros morressem eu sentiria algum prazer, tolo, apenas tive a dor do remorso de não a ter conhecido, digo que mudei, desde esse dia, a morte sussurrou em meus ouvidos a por das verdades me levando a mais terrível realidade, a morte ninguém engana, a morte nos espera, sentada para nos dar uma surpresa a qualquer momento a qualquer hora.