Contraste

Contraste

A cidade dorme...

um sono acuado,sôfrego

pesado dominado pelo medo

de acordar depois da hora.

Corpo cansado...pede cama,

mas o relógio é implacáve

e o dia amanhece...

com todas as suas cores e cheiros

O sol saudando a lua

que se vai, passando a ele seu turno

o aroma do pão quentinho

associado à média de café com leite...

O barulho da sirene da fábrica

anunciando a hora da entrada

e o chefe de família se veste

apressado sem tomar o desjejum.

Na rua o contraste:

enquanto ele vai para o trabalho

esbarra nos que voltam da noite de boemia

ou trabalhadores noturno.

Assim como o sol e a lua

que trocam,todos os dias o seu turno

para só se encontrarem num eclípse...

o mesmo que se dá quando,no domingo,

ele pode relaxar para acontecer

seu eclípse de amor.

Nelma Barbosa

07/11/2008

Nelma Barbosa
Enviado por Nelma Barbosa em 20/04/2009
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