CASOU POR CONVENIÊNCIA

A medicina não cura

A dor da separação,

Nessa história de amor

Não ouve degraus; só corrimão,

Se for para morrer de saudade,

Prefiro de batida no meu caminhão;

Ou ainda, na mesa de um bar,

Bebendo cana com limão.

O teu beijo tem gosto de chumbo,

Proibida, amante casada;

A onde está o teu ninho?

Informo-te com cuidado:

Boi tem chifres, por que não,

Sabe fazer carinho,

Teu casamento foi loteria

Deu zebra, amarga harmonia.

Casaste com um pão,

E está passando fome,

Quiseste aumentar o patrimônio,

E entrou pelo cano,

Complicaste com o matrimônio,

Você me lembra cana de engenho,

Mais parece com o bagaço,

Hoje, fala em divórcio,

Que triste fim, não fizeste bom negocio.

Aconteça o que acontecer,

Afastarei de você,

E para lhe dar coragem, deixo essa mensagem:

Nossos encontros tornaram-se cinzas

Porque seu casamento virou fogo, Mas,

Antes casada arrependida

Do que solteira aborrecida.