Em mim... Poesia por Acaso ?
Sempre me fiz essa pergunta quando resolvi escrever uma homenagem e ela chegou-me sob forma de poesia.... Idade adulta, puramente intuitiva, movida por um sentimento que ali se transcreveu num poema!
Um marco, um novo mundo, um descobrir-se a cada dia mergulhando para dentro de mim e vir à tona com o que sempre me pertenceu... O encantamento, a emoção, a paixão pelo amor que se faz real e consciente nos sonhos em que acredito.
E a poesia alastrou-se como parceira sedimentando meu chão de versos das ante-salas das esperas até o ato concreto de interpreta-las.
Movimentos e escritos num percorrer contínuo....Um estar em freqüência comigo, com outros, com tudo e com o nada.
Um prazer, um desabafo, um olhar, um toque, um constante viver recortando formas do meu universo desafiando minhas limitações ao expor meus pensamentos.
Hoje o tempo me diz que a poesia não se fez por acaso! Se fez da hora o pretexto, pois os espantos dos momentos permanecem quando de pronto respondo ao inquisidor poético que em mim habita.
Alojado, e ainda que na pressa ou no vagar para se completar lacunas dos amplos estágios entre o papel e a caneta o amadurecimento de estar em poesia insiste em me levar por prismas que me abraçam em perguntas e eu me deixo ficar aconchegada na certeza da mais racional questão: Sou eu o acaso na arte de poetizar !
Nessa minha gradativa jornada exijo-me uma auto crítica e ainda assim assumo o caminho das minhas fragilidades aceitando-me em convivência na inquietação da palavra convergindo-me em serenidade na vontade intrínseca de me sentir plena na coexistência do meu eu em poesia.
Sou a busca do que me espreita......e escrevo.