A PESCARIA
Foi numa noite enluarada que fomos pescar
Todos sorridentes com mais uma aventura
Molinetes preparados para o peixe fisgar
Inexperientes pescadores na maior fissura
Não sabiam que a paciência tem que imperar
Ri muito nesta noite das gafes praticadas
Chegavam as cocorocas e as iscas comiam
Major Magalhães dava suas gargalhadas
Nem sardinhas pegavam, mas se divertiam
Eu só assistia as iscas serem devoradas
O nosso Eliseu mineirinho nenhum peixe pegou
A turma tirando sarro de seu acabrunhamento
Ricardo muito palhaço suas piadas iniciou
Os peixes pareciam sorrir do nosso sofrimento
Douglas o menor da turma o maior peixe fisgou
Parece até historia de pescador mas isto aconteceu
Surgiram várias espadas que nem dá pra contar
A pescaria melhorou ficou feliz o nosso Eliseu
Surgiram vários peixes que nem dava pra pesar
Albacoras garopas xareis atuns e o peixe Romeu
Parece até mentira o que conto neste recanto
Até o Leandro conseguiu arrastar o peixe voador
Peixe que suas asas parecem um sagrado manto
Até o Emanoel nosso mascote virou pescador
Pegamos o peixe João que tem até nome de santo
A lua parecia se divetir com aqueles aventureiros
Pois colocou um poeta para esta aventura contar
Pois ela era a musa que iluminava os pesqueiros
Pois todos ali tinham um amor em casa a esperar
Corações de pescadores são de amores altaneiros
A pescaria encerrou já na chegada de um novo dia
Eu rabiscava em um papel nosso pequeno labor
Todos ficaram felizes por participarem da pescaria
Do meio dos pescadores surgiu também um cantor
Se eu voltasse no tempo por mim tudo se repetiria.
Aos meus amigos que me visitam não me levem a mal
Contar esta pequena aventura em forma de poesia
Mas poeta é assim mesmo em tudo é sentimental
Um beijo azul a este mar verde que me dá muita energia
Venham conhecer o mar de Angra um paraíso colossal