O Eterno em minhas entranhas.
Revendo preceitos, conceitos, pré-conceitos, preconceitos, meu jeito;
Revendo a vida, a lida, a ida, a volta, o tudo, o nada, a mim;
Revendo o mundo, o fundo, o raso, o curto, o longo e a prazo;
Revendo o outro, o bicho, o cio, o céu, o inferno, o Eterno;
Revendo família, companhia, a noite, o dia, o claro, o escuro, minhas entranhas;
Revendo as lembranças, as esperanças, os amores e desamores, o futuro, o passado, o presente, meu consciente;
Revendo meu caminho, meu ninho, minha bagagem, minha viagem, minha partida, minha chegada, minha casa;
Revendo minhas linhas, minhas palavras, minhas notas, minhas músicas, meus rascunhos, minhas páginas, meu retrato;
Revendo meus gritos, meus medos, meus fantasmas, meus pesadelos, meu exorcismo;
Revendo meus sonhos, meus desejos, meus anseios, meus beijos, meus abraços, meu corpo;
Revendo minhas lágrimas, minhas angústias, alegrias e tristezas, minhas derrotas e conquistas, minha guerra;
Revendo a coragem, a covardia, a vontade de ir e de ficar, a nostalgia, a boemia, minha fantasia;
Revendo a prazo o meu jeito e a mim, encontro o Eterno em minhas entranhas, em meu consciente, em minha casa, em meu retrato; exorcizando de meu corpo, minha guerra, mas não minha fantasia.