"À um idilista!"

Dói-me a ausência do idilista ! Sabê-lo ainda que longe, existente. Tê-lo apenas como pensamento: vago, passante. Ah, que saudade do soneto safado, pouco encabulado, com excesso louvor à amada vária.

Amo-te com todo seu labor quimérico. Desejo-te como a Dioniso: desregrado e afogueado. Não o quero contido, nem tampouco revestido desta falsa sua pureza.

Ah! Poeta romântico, tão longe está de ser único, pois te multiplica pelas bocas beijadas e vilmente cantadas. Na minha asserção soberana, és ainda o Vinicius contrário: ama, explode e sacode!