A UMA QUALQUER
De agora em diante, prometo-lhes nunca mais derramar uma gota de lagrima sequer, dor pior já senti ao perceber que não sou mais aquela criança que alegrava todo o meu lar. Toda lagrima que meu corpo expeliu não desejo mais que seja acolhida com seu amor, quero que ela que ela esteja numa fossa imunda banhando os seres mais repugnantes que nela habitam.
Jamais serei tão vulnerável ao lhe ver, não me renderei mais ao teu olhar, pregarei o meu corpo e acorrentarei a minha alma se preciso for para não fugirem a teu encontro. E se mesmo assim, nada disso surtir efeito, me renderei ao vale da morte, aonde os sofrimentos infinitamente maiores me deixariam te esquecer. Pois somente a maior dor de todas é capaz de suprir o maior amor de todos.
Pois em meu coração já não há mais esperança, agora ele é clarividente e antes de tudo isso acontecer ele sempre esteve habituado com o sofrer e a solidão, agora ele apenas voltara de onde saiu, das profundezas, onde ninguém se importava (e é tolice achar que você um dia se importou).
Prometo também não me sentir ferido ao ver que estais procurando conforto em outro ombro, consolo em outro abraço e desejo em outro beijo, pois colocando-me em minha insignificância não quero lhe ser um peso, e muito menos crer ser só um mais daqueles fracassados que ao invés de se matarem ficam a fazer poesias.
Apenas saibam que estarei aonde sempre estive, afogado sim em meu orgulho, de cabeça erguida e suportando a todos os açoites sem jamais clamar por ti.