São as estrelas
São as estrelas num quarto em pétalas, meu amor. Poderiam estar ligadas pela luminosidade dos seus pontos centrais. Engolfadas para diante como um curso de água ativo nos poros da pele. As estrelas. Tão brancas como o teu corpo em mar perfeito e alvo por dentro do castanho dos meus olhos. Pois quando pela tarde dentro, giram os cometas ásperos dos soluços do sono e do cansaço, o mar vem para adiante. Toca-me. E sobre as dunas tu és os gestos de um bosque completo como uma rosa aberta pela minha memória interior aterrorizada e tornada só pelo segredo ao redor. Ofusca-se. Enuncio. Todos os dias, todos os dias força a força, do extremo do meu crânio ao outro extremo. Se turvam as imagens. Onde a tua luz se alça. Erguida desde o precipício ao oceano.