O POETA SE FOI

O POETA SE FOI

Ali,

Naquele braço de represa,

Final da avenida turística,

No sobradinho branco,

Sonho realizado de um homem bom,

Até os pássaros estão tristes,

Com saudade daquele que tanto os amou.

Homem simples,

Não tinha grandes necessidades,

Somente grandes amigos.

Seu amor pela vida,

Era imensurável,

E pela natureza,

Mantinha grande respeito.

Nasceu Antônio Alves,

O carinho dos amigos,

O tornou Toninho Pedreiro,

Porém,

Todo mundo sabia,

Que mais do que casas,

Construía versos,

Que eram verdadeiras declarações de amor,

Ao mundo que o cercava.

Pedreiro,

Poeta,

Ecologista,

Bom marido,

Pai carinhoso,

Avô extremado,

Sua vida...

Um exemplo

De humildade e amor ao próximo.

Agora,

Que o Toninho se foi,

Fica o vazio irreparável,

Da perda do seu sorriso.

Resta-nos,

A certeza que tivemos um grande amigo.

Lázaro Alves – Publicado em 15/10/2002