Relíquias, desejos, e segredos
Na esperança de um dia belo ela acordou mais cedo, começou bem, suportando a consciência que a matava pouco a pouco, diariamente pensando em como tudo poderia ser diferente, manipulando seu pensamento o instruindo ao que poderia cura-lá daquela sensação de dor e desconforto, realizou tudo como se não fosse mais existir no dia seguinte, esperou que o dia terminasse na paz que ela sabia que não existia. Tudo não era muito diferente do normal, as horas eram iguais e desgastantes, ela sentia o mesmo vazio de sempre, o vazio de sempre esperar por nada, e tudo a irritava com facilidade, eu não conseguia forças pra controlar seus desejos, sua fome, seu maior desejo era se isolar do mundo, se mudar de cidade ou até de país, más isso jamais afastaria a dor e a lembrança. A noite chegou, e com ela a esperança de uma paz, pois era só na noite que ela se encontrava plenamente, acho que por ela ser tão escura quanto sua alma, e na noite ela alongava seus pensamentos, descansava sua alma, mesmo não a preenchendo por completo, era a noite que amenizava sua dor, por trazer paz e silêncio aos seus pensamentos.
Ao amanhecer relembrava de suas dores, de suas emoções, suas reliquias, guardas a sete chaves lembravam as invenções no seu coração, relíquias que teriam trazido muita alegria com um misto de dor, mais alegria que dor...o misto de sensações era constante...as lembranças eram constantes, de uma vida bela e nitidamente feliz. As visões cercavam seus olhos, as margens de sons encantadores que transportavam seu coração pra quilômetros de distância, não se podia definir seu interior , alegria incontrolável, tristeza remóta, sonhos próximos a realidade, desejos imortais que só se viam e contos de amores perfeitos com pedras no caminho. Inspiraçoes pulsavam constantemente em seu coração, como se fossem explodir se não fossem colocadas para fora, desconforto era a palavra adequada para o momento, motivo pelo qual era fugitiva de seu mundo, inadequada a sua posição, seus pensamentos e trejeitos, seu desejo real era oculto e insano, vida eterna ao lado de outra vida eterna, felicidade duradoura, força sólida como a mais pura pedra de mármore, relíquias guardas numa caixa de emoções sujas e infiéis movidas por impulsividade e influencias brutais, encantadas com fantasias e sonhos puros de uma ficção editada no interior da memória despida de conhecimento, relíquias longe de serem desperdiçadas, revelando objetivos e certezas. Nada no caminho afastaram lembranças, acontecimentos e encantos dessas relíquias tão vivas e reais, tão incríveis ao ponto de descreve-lás como numa visão, esperadas durante um século finalmente realizadas e por partes impedidas, mais não a muito a se perder , quando não se tem alma, ah apenas um motivo de existência, e por esse motivo, uma alma não vale muito mediante as ocasiões, mas assim seria por muito tempo até ela conseguir conquistar seu objetivo maior, lutar por seu amor, amar e lutar, lutar para amar.