BARCO DESGOVERNADO
Deixa-me livrá-la do naufrágio das ondas do mar da tristeza
e levá-la a salvo até â praia da alegria, pois o teu barco de amor,
desgovernado, afundou, nas controvérsias contidas do desentendimento alienável que separa e desune,
mesmo parecendo impune, dois corações que se dizem
muito e muito amarem-se...
Depois de salva, farei-lhe, como ressalva, a confissão simples,
No embalo da ocasião, aproveitando, de antemão, a oportunidade surgida de ter nas mãos o amor que sonhei sempre em tê-lo,
nos dias e noites de minha vida...
E partiremos seguros, pelo mar contínuo, confiantes,
deixando no cais, ancorado, todas as dúvidas e incertezas vãs,
pois, que, naufragar novamente, jamais irá acontecer,
nem para mim nem para você, pois o nosso amor acompanha
o embalo das ondas, e, se fôr-nos preciso,
nadaremos até à praia, se isso nos custar a felicidade,
no final de nossas contas de emoções paixônitas...