lá me vou... (2)
Uma mudança inesperada para os homens, mas eu, "rato", já sabia. Nunca me acomodei nas voltas do planeta, sempre me referi a você olhando aos lados, às costas, à sua face. Tudo que nos circunda faz parte de nós, somos parte do meio. As demonstrações do cotidiano levava a isso, um momento de alteração do estado das coisas. Aqui estamos novamente, indo para outro lugar, perto, mas outro nicho. Meu "faro" inconsciente conforta-me nos momentos abruptos dos fatos, onde tudo aquilo que era estável torna-se um mar de ondas irregulares, de ventos sem direção formando redemoinhos, uma turbulência pessoal sufocada pela calma de um poeta, de um amante do amor, do acontecimento repentino, da surpresa do ser. Um coração viajante pelas estradas do risco contínuo e apaixonante, sem um caminho físico a percorrer, deixando as pretensões fluirem pelas vias que a vida autoriza. Protegido pela minha armadura de amor, lá me vou...