Contando na noite
E NESTA VIDA, DOCE VIDA DE AMARGOS AIS!
E NESTES DIAS ILUMINADOS
DE MOMENTOS NUBLADOS
COM RAIOS E TROVÕES.
NUM SILÊNCIO MEDONHO
DE ANTIGOS SONHOS,
DIAS MORTOS QUE NÃO VOLTAM MAIS.
UM ANJO DE GRANDES ASAS!
QUE ME APONTA UM DEDO
E RECOLHE A MÃO.
E NA FACE ALEGRE DE RISOS E PRECE, UMA LÁGRIMA CAIU.
E A FACE SÉCA COM O VENTO QUE SOPROU SEM SESSAR SEU GRITO,
NUM INSTANTE AFLITO SÓ A LÁGRIMA CAIU... FEZ SECAR
E LEVANTO OS OLHOS NUM OLHAR DISTANTE,
COMO SE POR UM MOMENTO ENCONTRASSE UM CANTO.
UM CAMINHO ONDE PERDI MEU COLORIDO,
E FUGIU MEUS SONHOS.
OS MAIS SUBLIMES, OS MEUS CONTOS...
E NESTA VIDA DOCE VIDA, DE AMARGOS AIS!
SINTO MEDO DA SORTE, AFINAL! ELA NUNCA VEM SEMPRE VAI,
DIZEM QUE ELATRAZ COISAS BOAS,
MAS NUNCA A ENCONTRO, SE ELA JÁ VEIO NÃO SE APRESENTOU,
AO PARTIR, AS COISAS BOAS CERTAMENTE LEVOU.
E OLHO A NOITE ESCURA SEM LUA OU ESTRELAS, SINTO O VENTO.
ELE FAZ QUESTÃO DE SE MOSTRAR...
E VEJO LONGE FELICIDADES FINGIDAS,
E VEJO DORES COM REAIS VALORES,
É QUANDO TENTO ME CONSOLAR.
E NESTA VIDA DOCE VIDA DE AMARGOS AIS!
VOU CONTANDO OS DIAS ME PERDENDO NELES,
PROCURANDO OUTROS,
DE RISOS, RISCOS, RABISCOS...
QUEM SABE DEUS ME MOSTRA A PORTA AZUL!
SÓ NÃO QUERIA TER QUE DORMIR,
PARA PELA PORTA PASSAR...
E NESTA VIDA DOCE VIDA DE AMARGOS AIS!
CANTO MEUS CONTOS, BUSCANDO A PAZ.