A DESPEITO DE MIM...

Retorna a alvorada,

e um cansaço me abate.

Abortei as esperas,

porque assim, tudo fica mais fácil.

Como qualquer um de nós,

apenas vivo o inesperado mistério de todo dia,

a acatar as brincadeiras do tempo.

Às vezes sorrio.

Quando a noite chega,

(aquela de fora de mim)

cerro os olhos

e apenas finjo que adormeço.

Minha uníca certeza é que,

(a despeito de mim)

O sol nascerá a cada dia.

Nada!

e nem ninguém reescrevem

o tudo que já foi escrito.