Elo


Sentada, na grande calçada das atitudes... Perdi-me em rumos... Testemunho.
O pássaro atento ao deslizar dos dedos pelas páginas do meu livro... Bucólico?... Não!... Reconhecida estrutura dos meus dias soltos ao vento...
O enrolar dos cabelos... As mãos contemplam cada página virada... Posso ser tudo... Posso ser nada...
O grande elo das entrelinhas... O vigiar e ser vigiado pelos discursos ambiemtalizados pelo vácuo?... Não!. Constatações e fatos... Risos soltos... Meu baralho!
Posso corromper os ditames do que escrevo... Ser o contentamento displicente das vontades... Dos arrepios...
Posso contentar-me com o dito popular... O censo do que vira gosto... " O que é de regalo..."... Quem dirá o contrário...
Meus dias... Meus dias!... Gritar em ato... Ser o antepassado...
Acalmo-me... Sou luz.
E "melhorar-me"!?... Que nada!... Sou de outro tamanho... Sou meu vício... Meu mosaico abstrato...
No gosto, do mês-encontro... Nas tâmaras que engulo em mel... Doce criatura... Teus beijos, nas noites escuras...
Vamos passear, pela noite que se apresenta?... A lua em cor poderia ser o leito das coisas que dizes...
E lá, onde me colocas... No patamar das vontades que tens... Serei a tua lua... O teu queijo... Um atropelar de um texto...
Corro campos... Sabes bem... Não te seguro aos calcanhares...
Já somos laços... Em todos os compassos... O grande elo das artimanhas de uma vida em folhas de outono...
Meu baú... Posso terminá-lo?

22:09